Confidência do Itabirano [Carlos Drummond de Andrade] (1) Alguns anos vivi em Itabira. Principalmente nasci em Itabira. Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro. Noventa por cento de ferro nas calçadas. Oitenta por cento de ferro nas almas. E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação.
A vontade de amar, que me paralisa o trabalho, vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e sem horizontes. E o hábito de sofrer, que tanto me diverte, é doce herança itabirana.
De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço: esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil; este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval; este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas; este orgulho, esta cabeça baixa…
Tive ouro, tive gado, tive fazendas. Hoje sou funcionário público. Itabira é apenas uma fotografia na parede. Mas como dói!
“Iabá, cujo significado é Mãe Rainha, é o termo dado aos orixás femininos Iemanjá e Oxum, mas no Brasil esse termo é utilizado para definir todos os orixás femininos em geral em vez do termo Obirinxá, que seria o termo mais correto. Wikipédia“
Quanto nome tem a Rainha do Mar? Quanto nome tem a Rainha do Mar? Dandalunda, Janaína Marabô(1) Princesa de Aiocá Inaê, Sereia, Mucunã Maria, Dona Iemanjá
(…)
Como se saúda a Rainha do Mar? Como se saúda a Rainha do Mar? Alodê, Odofiaba Minha-mãe, Mãe-d’água Odoyá!
Yemoja Nome original africano. Deriva da expressão “Iyê Omo Ejá” (“Mãe cujos filhos são peixes”). Nos terreiros de nação irorubá (ketu), ganha o nome de Yemanjá ou Iemanjá, utilizado também na Umbanda.
Mãe D´Água, Inaé, Mucunã, Marabô Princesa do Mar(1), Princesa de Aiocá, Sereia do Mar e Rainha do Mar Nomes populares latinizados relacionados com divindades das águas, surgidos a partir de diversas influências religiosas
Iara Iara ou Uiara, também referida como “Mãe-d’água”, é uma divindade que, segundo o folclore brasileiro, vive no Rio Amazonas
Aziri Kaia Nome usado nos candomblés de nação jêje, onde a divindade é tratada como vodum e não orixá
Kaiala Nome usado nos candomblés de nação angola, onde a divindade é tratada com inquince e não orixá
Janaína Quando o culto entra em contato com as crenças indígenas, o nome de Janaína passa a ser usado também no Candomblé e na própria Umbanda
“Marabô – Aqui temos um probleminha bobo. Iemanjá Marabô simplesmente não existe. Marabô é uma corruptela de Barabô, um dos nomes de Exu. A denominação vem de um famoso cântico muito executado no Brasil e em Cuba : Ibarabô, agô mojubá, Elegbara… ( algo como “Eu homenageio e peço a proteção de Elegbara” ) . O que significa, então, o Marabô no samba ?”(1)
Oguntê, Marabô Caiala e Sobá Oloxum, Inaê Janaína, Iemanjá São Rainhas do Mar(letra e áudio)
Quanto nome tem a Rainha do Mar? Quanto nome tem a Rainha do Mar? Dandalunda, Janaína Marabô(1) Princesa de Aiocá Inaê, Sereia, Mucunã Maria, Dona Iemanjá
(…)
Como se saúda a Rainha do Mar? Como se saúda a Rainha do Mar? Alodê, Odofiaba Minha-mãe, Mãe-d’água Odoyá!
Dandalunda (Angola). IEMANJÁ E OXUM ” Desta forma, a diferença seria entre o tipo de rio, sendo o de Oxum mais sinuoso e de regiões do interior, enquanto que os de Iemanjá são os que correm em regiões mais próximas do mar.”
“Este afresco com alguns antílopes nos dá uma ideia mais clara é vívida que as ruínas escavadas do que era a vida de um príncipe ou um artista em Santorini, na Idade do Bronze. É surpreendente o vigor dos desenhos com animais e vegetais que aparecem nos afrescos de Santorini; a riqueza temática e o sentido de cor são tabém notáveis(…) Os frescos se encontram atualmente em Atenas, no Museu Arqueológico Nacional”- A Civilização Grega, de Peter Levi, p. 41
Santorini é a antiga Tera, uma pitoresca ilha vulcânica não muito distante de Creta. O vulcão entrou em erupção violentamente na Idade do Bronze, e a lava conservou o palácio tão perfeitamente como em Pompéia e Herculano. Em 1967, começaram as esca ações de Acrotíri(…). ” idem-p.40
“O afresco da Idade do Bronze que presenya os pescadores de Acrotíri tem a clareza linear e algo da audácia e do brilho das melhores obras do palácio cretense(…). idem- p. 41
Cicládico Recente
“Afresco do pescador em AcrotíriCrianças boxeando em afresco de Acrotíri
No período Cicládico Recente I a erupção na ilha de Tera desestabilizou a ordem vigente das ilhas. Está entre as maiores erupções vulcânicas na história das civilizações, expelindo cerca de 60 km³ de lava e sendo classificada como nível 6 segundo o índice de explosividade vulcânica.[33][34][35] Ela foi implacável para o rumo de Creta e das Cíclades.[36] A erupção foi datada como tendo ocorrido entre 1639 e 1 600 a.C., por meio de datação por radiocarbono;[37][38][39] em 1 628 a.C. por dendrocronologia;[40] e entre 1530 – 1 500 a.C. pela arqueologia.[4“
Fase Período Cultura Cicládico Antigo I 3100/3000 – 2 650 a.C. Grota-Pelos Cicládico Antigo II 2650 – 2450/2 400 a.C. Ceros-Siros Cicládico Antigo III 2450/2400 – 2200/2 150 a.C. Kastri Cicládico Antigo IIIB/ Cicládico Médio I 2050/2000 – 1900/1 850 a.C. Filácopi Cicládico Médio II 1900/1850 – 1 700 a.C. Influência minoica Cicládico Médio III 1700 – 1 675 a.C. Influência minoica Cicládico Recente I 1675 – 1 500 a.C. Influência minoica Cicládico Recente II 1500 – 1 450 a.C. Influência minoica Cicládico Recente III 1450 – 1 100 a.C. Influência micênica
“Héstia, deusa do lar, tinha um papel muito antigo, mas uma personalidade totalmente obscura. No friso do Partenon, o seu lugar foi ocupado por Dioniso, o deus do vinho. A partir das festividades orgiásticas, nasceu e se desenvolveu o teatro grego” – A CIVILIZAÇÃO GREGA, de Peter Levi, p.83
E não encontrei a imagem que ilustra esta página de A Civilização Grega, onde Héstia não parece tão modesta. Noutros lugares podemos ler que o fogo de Héstia era aceso em todos os lares gregos. Era obscura nas representações públicas. E me parece que quando falamos dos gregos clássicos sempre pensamos na cena pública. Mas as mulheres e escravos não tinham esta presença pública.
Estátua de Hestia. Biblioteca Margaret Clapp, Wellesley College, Wellesley, Massachusetts, EUA. “Era representada como uma mulher jovem, com uma larga túnica e um véu sobre a cabeça e sobre os ombros. Havia imagens nas suas principais cidades, mas sua figura severa e simples não ofereceu muito material para os artistas.” Wikipedia
“Esta estátua de bronze espartana datada de cerca de 500 a.C foi extraordinariamente admirada. Seu restrito interesse escultural reside na sua forma abstrata determinada pelo manto e ao contraste das linhas, simplesmente repetidas, na aparência, no estranho penacho, formalmente muto eficaz, e nos longos cachos que saem do capacete. Porém a impressão que causa este guerreiro espectral é imediata. Trata-se de uma arte representativa e durante vinte e cinco séculos inspirou temor. O modelado, refinado e cheio de movimento, tem uma qualidade excepcional e, na medida de meus conhecimentos, é brilhantemente original”-p.69-“A CIVILIZAÇÃO GREGA”, de Peter LEVI
” A breve primavera clássica da arte representativa grega foi de uma simplificação decorosa. O período arcaico, imediatamente antes de a arte chegar à sua perfeição clássica, e muito antes de suavizar-se, crescer e perder a vitalidade, é repleto de uma clara energia. Seus procedimentos são audazes, e suas técnicas, ambiciosas: propõe-se maravilhar-se sem oferecer soluções nem fórmulas tranquilas e perenes. Parece sempre estar a ponto de evoluir para momentos posteriores da arte, até para o barroco. Transmite uma consciência do valor dos materiais, particularmente do bronze, e da leveza das ferramentas: suas espadas e armaduras eram como custosas armas de fogo. Suas imagens expressavam coragem, audácia física e certa combinação de elegância e perigo”-p.68-“A CIVILIZAÇÃO GREGA’, de Peter LEVI.-Biblioteca Mário, Arte 1.
Seu primeiro amor infantil. De giz e revista em quadrinhos. Um amor platônico. Luamanda tinha 11 anos e se tem sexualidade, não tem sexo. E a repressão vem de sua mãe. Luamanda não nos dá os motivos da mãe. Fala em epílogo cruel, mas não disse o que sentiu. Houve um epílogo, está dito, mas não diz de nenhum sofrimento ou perda. Num momento de lua cheia, Luamanda beirando aos 50 anos tem saudades. Mas não diz de que, nem de quando. E não demonstra ódio nem ressentimento, nesta saudade ou lembrança, mesmo em um caso em que foi brutalmente estuprada. Narra pelo ponto de vista do ferimento sexual e a lembrança passa pelas cicatrizes que sua mão pode tocar – o corpo é o que importa. O corpo incorpora. E é o corpo que desencadeia a lembrança. E o menino platônico é apenas um menino, um sem qualidades.
Se segundo amor é o do terreno baldio. Este menino que se faz homem também não tem idade nem qualidades. E não há motivos para a atração, nem físicas, mentais ou culturais. Luamanda parece um menina e até o final, uma mulher sem cultura, sem afinidades, sem gostos. Seu menino não dança, não joga futebol, não tem música, nem rock, nem rap, não nada, um zé. Foi Luamanda que disse que ele se fez homem ali. Há mais de 50 anos passados havia homem feito, com profissão, com escolaridade e que não ainda na fizera sexo, ou talvez com uma prostituta. O terreno baldio é a única pista que que é um encontro em situação de pobreza ou precariedade. Só assim podemos aventar que Luamanda era pobre. Mas não é narrado como drama ou ressentimento. Ressalta a alegria, mesmo uma comum dor física da primeira vez. E não há vergonha, nem medo de uma gravidez indesejada. Luamanda narrra, sem sociologia.
Luamanda é um corpo que goza que, se tem vários casos, muito mais dos 8 narrados, portanto é uma mulher do nosso tempo, mas parece não dar importância ou não faz escolhas e nem tem dramas. Seus amantes, homens ou uma mulher, não têm qualidades, nem defeitos, nem cultura, nem escolhas. Também são corpos, que com uma exceção, provoca grande violência, mas só no momento que é dispensado. Esta escolha de Luamanda não é dramatizada.
Depois de várias vivências, portanto não só estas duas, Luamanda vai encontrar um homem/que/vai/ser pai de 5. Este vai ser chamado de “poço misterioso onde se acumulam águas-lagrimas.” Faz filhos e faz sofrer. Luamanda adquire a maternidade 5. Mas este homem/pai/de/5 não tem cor, não tem cultura, não gostos, não ama o futebol, não tem música. Não oprime, nem é oprimido. Talvez oprima, porque causou dor. Mas há dores que não vem só da opressão. Há dores que vem dos nossos desejos. Mas Luamanda não tem muitos desejos. Luamanda não parece ter faltas, ou buracos, os vazios. Além Homem/pai/de/5, Luamanda nos deixa saber que ela se sentiu muito atraída, “uma sensação estranha”, portanto nunca sentida. Mas não ficamos sabendo mais nada.
Luamanda encontra agora seu 4o. amor numa semelhante, numa mulher. Semelhante porque tem corpo de mulher. Mas não sabemos se tem o gênero mulher. Se tem gostos. Se tem cor. Se tem cultura. Sabemos que duas mulheres se tocam, transam. Não sabemos quando dura. Ou quantas vezes fizeram sexo. Ou passearam. Ou curtiram música. Ou shows. Ou bares. Luamanda tem um corpo e seus amantes tem outro. E se tocam. Ficamos sabendo então que Luamanda foi capaz de fazer e narrar sexo com outra mulher. Mas não sabemos em que cultura mergulhou. Como se a Luamanda a importância é a experiência genital – com exceção do primeiro menino quando Luamanda tinha 11 anos. Mas, mesmo assim, ela um menino sem qualidades, sem cultura, sem gostos e sem cor.
O 5o. caso narrado por Luamanda é de um jovem que gostava de Luamanda madura e experiente. Aqui uma fraqueza de Luamanda. E por sua fraqueza, por já carregar o peso na madurez, agora seu amante tem uma qualidade e um escolha. Mas só isso. Também não tem cultura, não tem música, não tem gosto e não tem cor.
E nenhum parceiro de Luamanda tem voz. Talvez nem Luamanda tenha, a não ser seu sexo e sua maternidade. E sua fraqueza da madurez e sua indagação, ao final, da sua velhice. Mas não há morte nem medo dela.
Depois vem o velho. Neste 6o. caso narrado por Luamanda, tem um velho com a qualidade da paciência, que leva ao jeito, e à conformidade com sua potência dificultosa e de carnes moles. Luamanda não diz que também já está madura, mas aceita este “amor no tempo de paciência?”. Mas parece que não resta ao velho outra coisa do que paciência e aceitação e à Luamanda, já madaura, os parcos gozos. Mas ela narra a fraqueza maior, a qualidade, deste velho amante. Sem qualidades, nem culturais, nem musicais, nem de amante.
Agora um momento de grande dor de Luamanda. Mas ela narra a dor física do estupro. Diz até da dor e do fardo das lembranças. Mas não diz de opressões anteriores deste amante. De suas dominações. De seu caráter. Ele também não tem cor, não tem cultura. Ele é um estuprador. Mas não sabemos o quanto era opressor e por quanto tempo. Sabemos também que Luamanda ficou com cicatrizes no seu sexo que são notadas pelo seu toque e que desencadeiam suas dolorosas lembranças. Mas não sabemos das dores anteriores ao estupro. Esta narrativa não nos dá acesso à cultura do estupro e do patriarcalismo. Somos tocados pela narrativa das consequências, principalmente físicas. E sabemos que Luamanda sofre com as lembranças. Traz sentimento de solidariedade, mas não de aprendizado sobre o perpetrador. Faz parte também aprender, como Luamanda tão experiente já, acabou não identificando os sinais do violentador pode deixar.
Luamanda faz um balanço que deste encontros e desencontros teve muita aprendizagem. Uma aprendizagem por dentro do corpo como diz. Mas que faltava muito ainda. Pela primeira vez, já no final, Luamanda reconhece alguma falta. Mas afirmava seu narcisismo diante do espelho. Não parece que ser mulher lhe trazia qualquer sentimento de inferioridade, e nem tematiza a opressão masculina. Há sim o o estupro – por si só um denúncia contra as atitudes criminosas de muitos e muitos homens. Mas não e Luamanda quem diz. Somos nós.
“Imaginou-se com os cabelos brancos sobre o pelo negro. Seria bela como a Velha Domingas lá das Gerais” – no última frase do penúltimo parágrafo, ficamos sabendo que Luamanda é negra. Não há outra pista, a não ser que igualemos personagem com autora que é uma mulher negra. Luamanda não narra qualquer preconceito ou exclusão sofridos. Nem falta de auto-estima, nem diante do espelho, nem diante da vida.
E, para mim, o mais interessante de tudo. O último parágrafo da narrativa de Luamanda. Ela com seus cabelos já embranquecidos, já pensando na beleza da Velha Domingas de cabelos brancos, sem grande ansiedade, até esquecendo do encontro, mas ao ouvir o assobio (algo bem plebeu), Luamanda se dá conta, por uma assobia, que quem dá a bola agora é o outro. Talvez aprendeu um pouco aquele velho com que teve um caso. “Apressou-se. Podia ser que o amor já não suportasse um tempo de longa espera”.
“Imaginou-se com os cabelos brancos sobre o rosto negro. Seria bela como a Velha Domingas lá das Gerais. Viajando no tempo-evento de sua vida, Luamanda, distraída, esqueceu-se do compromisso para o qual se preparava no momento. Acordou, para o encontro que estava para acontecer naquela noite, quando ouviu os assobios de alguém que aguardava por ela lá fora. Apressou-se. Podia ser que o amor já não suportasse um tempo de longa espera.” LUAMANDA. (parágrafos finais do conto)
(1). Texto com um longa introdução, mas que vai deixa de ignorar que existe um conto, com o título lindo como LUAMANDA, como todos os textos que encontrei no google, e li todos, mas não recomendo nenhum, pois todos ignoram o conto. Este, que afinal vou citar, que não ignora que existe um conto, mas ignora seu final que é uma promessa de continuar tentando, até num futuro de cabelos brancos, como a Velha Domingas, pois tentar é viver.
LUAMANDA, de Olho D’Água, de Conceição Evaristo. Jornal do Porão
LUAMANDA E SUAS “SETE FACES”: UM OLHAR SOBRE O CONTO “LUAMANDA” DE CONCEIÇÃO EVARISTO – NascentesFólio –Revista de LetrasVitória da Conquistav. 11, n. 1p. 845-859jan./jun.2019 (a partir da p. 851 começa a falar do conto)
“O mestre Ozualdo Candeias nos deixou em 2007, mas ficou uma de nossas mais impactantes filmografias. Dentre seus filmes está o clássico A margem, e nele, de ponta a ponta, a presença inesquecível de Valéria Vidal.”(1)
“Depois de A margem, Valéria Vidal atuou no sucesso de bilheteria O cangaceiro sanguinário, de Osvaldo de Oliveira, em 1969. Nos anos 70, atua em filmes de Silvio de Abreu – Gente que transa, e de Francisco Cavalcanti – Mulheres violentadas.”(1)
“Simples como viver e morrer. Morrer, por sinal, é uma perspectiva que se abre desde o início, quando o bote atravessa a tela (lembra um pouco a atmosfera do “Limite”, de Mario Peixoto). Não será difícil associá-la à barca de Caronte, até porque a morte estará sempre à espreita desses personagens.” Inácio Araújo
“É esse o estofo de “A Margem”: não um filme de preocupação social, mas social. Um filme que abdica do realismo em nome da poesia, e depois troca a poesia pelo real. Quer dizer: para deixar em nós uma impressão mais exata da realidade de seus personagens, da vida à margem, é que busca a poesia que existe em cada um deles.” Inácio Araújo –
CRÍTICA | A MARGEM (1967)por FREDERICO FRANCO 18 de agosto de 2020
“Finalmente, chega-se ao filme de Ozualdo Candeias. A Margem é uma obra ímpar, que dialoga com diversos períodos do cinema brasileiro, desde Limite, da década de 1930, até o cinema novo. A história em questão é incerta e errática: quatro personagens às margens do rio Tietê e da sociedade desenvolvem relações amorosas entre si que terminam em finais trágicos ou, no melhor dos casos, ambíguos. Duas prostitutas, uma mulher preta e outra branca, um homem com problemas mentais e um cafetão são o quórum de protagonistas da obra.”
(procurar o livro “Vozes da Brasilândia – História Oral) – Fala Quebrada